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Número Especial

RETC 06  (Ano III - VOL II) – 2º. Semestre de 2009 – ISSN 1981 5646
 
EDITORIAL
 
 
Práticas Diferenciadas de Turismo Cultural

Prof. Dr. Mário Jorge Pires
Editor Executivo da RETC

Prof. Dr. João Batista Neto
Editor Executivo da RETC
jbnetousp@gmail.com

 

O presente número já demonstra desde o início, a tendência para efetivação de práticas diferenciadas em Turismo Cultural. Nesse sentido, vem a calhar o Prof. Dr. Américo Pellegrini Filho, cuja trajetória acadêmica não se restringe aos árduos ensaios de teoria da cultura popular. Ao contrário, sempre se manteve, ao longo de sua trajetória acadêmica na coleta e na análise de grande material relativa às práticas do folclore.

A resenha deste número é sobre um livro básico para os estudiosos do Turismo. Escrito por dois membros do nosso Conselho Editorial, Lohmann e Panosso Netto realizaram a proeza de reunir 72 teorias de turismo num único livro. Um trabalho hercúleo e que merece destaque pela coragem e ousadia dos pesquisadores.

Não menos importante é a preocupação em formar cidadãos conscientes do valor do patrimônio no seu município, efetivando-se, dessa forma na elaboração de uma cartilha de iniciação ao patrimônio cultural na cidade de Arapongas (PR)

Nessa mesma linha de utilização e padronização dos bens culturais na esfera local, está o despertar da história, não somente na sala de aula, mas na prática da visitação e o trabalho in loco, ferramenta indispensável para a valorização de conteúdos teóricos.

Pode-se dizer que a preocupação em avaliar o turismo cultural na região missioneira mostra a preocupação dos estudiosos nos aspectos empíricos do Turismo Cultural local, o que também é proposto postumamente no artigo sobre a Estação Central do Recife, e na forma como a expressão cultural é analisada sob o prisma do Turismo, ou de como uma das piores desgraças da história deste país, a seca no Nordeste, pode ser um atrativo turístico e ajudar no desenvolvimento do município de Cabaceiras (PB).

Longe de teorias banalizadoras e improdutivas todos os artigos e a entrevista do Prof. Américo demonstram esta preocupação em valorizar o turismo local. Assim, o Turismo Cultural não está mais na dependência exclusiva dos números, mas observa-se em todos os participantes deste número a preocupação desenvolvimentista, porém qualitativa e criteriosa com a responsabilidade que os impactos dos fluxos turísticos requerem dos gestores e da comunidade.

Neste número, em que festejamos a indexação pela JCR, deseja-se ao colega uma boa leitura!

Data de recebimento, aceitação e publicação dos textos: 2º. Semestre de 2009.

 

 
 

 

Nosso sexto entrevistado na seção CONVERSA COM TURISMÓLOGOS é uma aula do mestre dos mestres: Américo Pellegrini Filho. Um dos maiores especialistas em folclore no Mundo, o Professor Doutor Américo Pellegrini Filho possui graduação em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (1958), mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1980), doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1987), Livre-Docente (1992) e Titular (1996), pela mesma Universidade. Atualmente, aposentado, é professor-colaborador em Pós-Graduação na Escola de Comunicações e Artes-Universidade de São Paulo. Dos inúmeros livros publicados, destaca-se a pesquisa inovadora sobre folclore escrito, publicado pela EDUSP em 2009 com o título Comunicação Popular e Escrita.

Entrevista com Américo Pellegrini Filho

 

 
ARTIGOS
 

 

Daniele Pausic Kern
Faculdade de Apucarana (PR) - FAP
danielepausic@gmail.com

Resumo
Este trabalho tem por objetivo realizar a implantação de uma cartilha sobre o patrimônio histórico do município de Arapongas/PR, a fim de integrar o processo de Educação Patrimonial no Ensino Fundamental. O paralelo entre a teoria e a prática da Educação Patrimonial se dá através das atividades da cartilha, e os exercícios propostos em sala. Tendo como embasamento a comunidade local participante, acompanham-se as aulas, registrando seu desenvolvimento; ensina-se e questionam-se os alunos envolvidos a fim de analisar e avaliar a percepção dos mesmos quanto ao conteúdo explanado. Como resultados têm-se a observação da contribuição da educação patrimonial para entendimento da identidade e crescimento cultural dos alunos. A referida cartilha utiliza como assunto principal, o patrimônio histórico da cidade, o que contribui para o fortalecimento da cultura local e preservação dos bens.

Palavras-chave: patrimônio histórico-cultural; cartilha; Arapongas/PR.

Prof. Helton Luiz Gonçalves Damas
Mestrando em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista – Campus de Bauru.
helton006@yahoo.com.br

Resumo
Este trabalho tem o intuito de analisar as potencialidades do patrimônio cultural, buscando por meio do turismo lançar uma nova perspectiva sob os bens culturais encontrados nos espaços rural e urbano do município de Jaú. Pelo fato da cidade de Jaú ser intitulada de a “capital do calçado feminino”, acaba atraindo muitos visitantes que freqüentam os centros de compra calçadista, localizados na região periférica do município. Entretanto, eles acabam por não conhecer o patrimônio cultural de Jaú, sendo que a atividade turística poderia auxiliar a modificar a imagem da cidade somente relacionada ao turismo de compras e ao mesmo tempo criar alternativas que possibilitem a valorização do patrimônio cultural da cidade. A metodologia utilizada para que os objetivos pudessem ser cumpridos consiste na elaboração de um estudo de caso baseado no método de análise qualitativo, obtendo dados por meio da aplicação de formulários de inventários aos bens culturais que ajudaram a construir a história do município, como também a execução de entrevistas semi-estruturadas. Como resultado, pode-se verificar que os bens culturais de Jaú possuem mais potencialidades do que fragilidades ao desenvolvimento do turismo.

Palavras-Chave: Turismo; Turismo e Patrimônio Cultural; Espaço Urbano e Espaço Rural. .

 
Prof. Dr. João Batista Neto
jbnetousp@gmail.com.

Resumo
O artigo presente trata da interpretação do patrimônio e avaliação do atrativo do ponto de vista do Turismo Cultural, utilizando um modelo próprio, adaptado a realidade do seu objeto de pesquisa. O atrativo pesquisado foram as ruínas da redução jesuítica dos Guarani de São Miguel Arcanjo, sítio arqueológico tombado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, que está situada na cidade de São Miguel das Missões (RS). A metodologia adotada foi transdisciplinar, utilizando-se da observação in loco, aplicação de questionários e entrevistas não-diretivas.

Palavras-chave: Interpretação do patrimônio, Turismo Cultural, reduções jesuíticas

 
Bac. Josilene Henriques da Silva
josileneh@yahoo.com.br
Lic Luiz Carlos dos Prazeres Serpa Alfino

Resumo:

A paisagem urbana é constituída por uma série de elementos formadores do patrimônio histórico-cultural, que é freqüentemente utilizado como atrativo turístico; embora muitas vezes não apresentem sentido ou valor para os residentes onde estão localizados. Nesse sentido, a educação patrimonial se apresenta como uma possibilidade de valorização desses recursos, pois permite a sensibilização de moradores e visitantes. Nesse sentido, buscou-se analisar o comportamento dos usuários da Estação Central do Recife em relação ao acervo ali depositado, decorrente do período inicial do desenvolvimento das estradas de ferro no estado de Pernambucano. Tendo a observação como principal técnica de pesquisa, o resultado evidenciou a existência de três padrões de comportamento referentes à interação com o patrimônio. De modo geral, o lugar é utilizado apenas como ponto de chegada ou partida/ rota de passagem. Por isso, propôs-se a elaboração de um trabalho de educação, no qual a estação possa ser percebida como patrimônio/ atrativo turístico, mas também como um acesso a vários outros pontos de interesse turístico da cidade. Acredita-se que essas ações não só chamariam a atenção do público para a valorização dos elementos ali existentes, como despertariam o desejo de conservá-lo, conforme sugerem os conceitos de educação patrimonial analisados nesse trabalho.

Palavras-chave: História Local, Patrimônio Cultural, Paisagem Urbana, Educação Patrimonial

 
Profa. Dra. Magnólia Gibson Cabral da Silva
UASA, UFCG, Campina Grande, PB,
magnoliagibson@bol.com.br
Prof. Ms. Roosevelt Humberto Silva
Mestre em Sociologia UFCG.

Resumo:

Nos últimos vinte anos a atividade turística vem se destacando como alternativa de desenvolvimento econômico para regiões do chamado terceiro mundo. No Brasil, essa proposta tem sido fortemente estimulada pelo poder público, especialmente na região Nordeste. As autoridades políticas locais parecem ter encontrado no turismo cultural a 'vocação' do Nordeste. Aquecer a economia local, criar novas possibilidades de emprego, valorizar a cultura, a tradição, os recursos humanos e as capacidades locais, são os objetivos destes empreendimentos. Parte-se do pressuposto de que a cultura como atração turística pode trazer resultados efetivos para as comunidades que as exploram, não apenas em termos econômicos, mas também em termos de construção de novas identidades, respeito e auto-estima. A experiência de Cabaceiras mostra que a exploração turística da cultura permitiu transformar ‘desgraças’ como a seca - responsável pela mentalidade de auto-piedade tão corrente no nordestino do interior brasileiro - em auto-estima e confiança. De fato, após a exploração turística, a suposta ‘desgraça’ passou a ser vista como algo perfeitamente contornável e até mesmo positivo.

Palavras-chave: turismo cultural, desenvolvimento sustentável, identidade.

Maracatus rurais nos receptivos turísticos do Recife (PE):
Um olhar sobre as apresentações para turistas
Sofia Araujo de Oliveira
Universidade Estadual de Santa Cruz
sofia_plantur@yahoo.com.br
Leonardo Leal Esteves
Universidade Federal de Pernambuco
leonardolesteves@yahoo.com.br

Resumo:
Este trabalho tem como objetivo compreender as atuais relações entre os maracatus rurais e os receptivos turísticos do Recife através da análise dos interesses em trabalhar nesses receptivos; da observação das alterações dos elementos do maracatu quando expostos nos receptivos e da identificação das tensões que surgem a partir das relações econômicas estabelecidas. Foram estudados os maracatus Piaba de Ouro e o Leão Formoso, pois correspondem aos dois grupos de maracatu rural que se apresentaram nos receptivos turísticos da prefeitura do Recife e da EMPETUR/ FUNDARPE no período de alta estação entre novembro de 2008 e fevereiro de 2009. A investigação desta pesquisa foi desenvolvida através da abordagem etnográfica se utilizando da observação participante. Também foram realizadas entrevistas semi-estruturadas visando a coletas de dados necessários para montagem deste estudo. Verificou-se com este estudo que existem interesses econômicos em participar dos receptivos, mas a renda obtida corresponde a um ganho extra dos maracatuzeiros; observou-se, ainda, a reificação dos elementos do maracatu rural impostos pelos contratantes, assim como o surgimento de tensões acerca do modo como são contratados os grupos. Percebeu-se também que a apresentações com intuito comercial faz com que os grupos e integrantes adotem uma postura “profissional”, separando as apresentações relacionadas ao carnaval (ligadas ao prazer) das apresentações comerciais, onde os aspectos de obrigações ligados ao campo do trabalho estão envolvidas

Palavras-chave: Cultura Popular, maracatu rural, turismo

 

 
RESENHA
 
 
PANOSSO NETTO, Alexandre e LOHMANN, Guilherme. Teoria do Turismo: Conceitos, Modelos e Sistemas. São Paulo: Aleph, 2008 (Série Turismo) ISBN 978-85-7657-055-4.
Prof. Dr. João Batista Neto
ECA/USP
jbnetousp@gmail.com

 

Revista Eletrônica de Turismo Cultural
Email: jbnetousp@gmail.com